Alunos da Escola Estadual Poeta Manuel Bandeira, no Recife, tiveram uma aula de cidadania, na tarde desta quinta (2.06). A instituição foi a primeira a receber visita do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania em 2016. Ao longo do encontro, estudantes tiveram contato com questões cotidianas do direito do trabalho, por meio de conversa com juízes e advogados.
A visita começou com uma apresentação cultural. Os alunos Lucas Meira e Talita Maria encantaram a plateia, executando clássicos do compositor Bach, no violino. Em seguida, os representantes da Amatra VI ressaltaram a importância do Programa, que completou dez anos em Pernambuco, igual período em que é realizado nacionalmente pela Anamatra, com possibilidade de ser levado para países de língua portuguesa.
“Esse trabalho é fundamental para aproximarmos a Justiça da população e, principalmente, facilitar o acesso de todos ao Judiciário”, disse a juíza Carmem Richlin, coordenadora do programa em Pernambuco, ressaltando que a interação é fundamental para ampliar o conhecimento dos direitos de deveres dos futuros trabalhadores.
Para o presidente da Amatra VI, André Machado, o programa é uma forma de levar cidadania aos jovens estudantes, opinião compartilhada pela juíza Lígia Valois e o advogado Hugo Victor, ambos voluntários do TJC. Também presentes à visita, representantes da Secretaria de Educação de Pernambuco, entre eles, Shirley Malta, da Gerência de Política Educacional.
Dúvidas – Por mais de uma hora, os alunos se alternaram questionando os juízes sobre legislação trabalhista, direitos e deveres de trabalhadores e estagiários. O estudante Jeyson da Silva, concluinte do ensino médio faz estágio em um órgão público, admitiu ter muitas dúvidas sobre essa relação. Já tinha lido meu contrato, mas queria ter certeza que tinha mesmo esses direitos. Achei muito legal ter esse contato com a Justiça, disse. Todos os estudantes da Escola Estadual Poeta Manuel Bandeira - mais de 900, no total - participam das atividades do TJC.
A representante da escola, Emmeline Rodrigues, disse que o encontro entre os jovens e os magistrados foi bastante produtivo, principalmente porque muitos deles já estão inseridos no mercado de trabalho, atuando como estagiários e aprendizes para complementar a renda familiar. É frequente um questionamento quanto aos direitos, mas eles não sabem onde buscar e se sentem desprotegidos. Saber que existe uma Justiça do Trabalho os torna mais confiantes, mostra que é fácil e possível ir em busca dos seus direitos, comentou.
O TJC, uma iniciativa da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), é realizado em Pernambuco pela Associação dos Magistrados do Trabalho da 6ª Região (Amatra VI). O próximo encontro será na quarta-feira (8), na Escola Estadual Dom Carlos Coelho, no Recife.