Conferência de encerramento: Eleição direta é primeiro passo

Amatra VI

Por meio de aforismos, o presidente da entidade, André Machado, fez um balanço das principais ideias levantadas durante o XXIV Encontro da Amatra VI, que reuniu juízes pernambucanos em torno do tema “Democratização do Judiciário: uma tarefa inadiável”, no Cabo de Santo Agostinho. A conferência de encerramento, realizada na tarde desta sexta-feira (29.05), contou com a presença da presidente do TRT6, Gisane Araújo, que elogiou a pertinência da temática escolhida e as reflexões científicas.


“É importante que possamos perceber que o esforço pela democratização do Judiciário é uma ação coletiva dentro de uma tarefa maior que é a construção de um sentimento de pertencimento dos magistrados”, pontuou André Machado. Para que isso aconteça, destaca, é preciso desmitificar a ideia negativa de política que veio sendo construída ao longo dos anos. “A politização tem que ser encarada pelo ponto de vista do debate e da participação e, portanto, com um olhar positivo”, defendeu.


Entre as palestras e painéis realizados desde o primeiro dia do Encontro, a necessidade de reduzir a assimetria do poder entre os membro do Judiciário foi sempre ponto de destaque. Para o presidente da Amatra VI, essa demanda e reveste de ainda mais urgência se for considerado o grau de instrução dos juízes de primeiro grau, que passariam a votar para a mesa diretora, segundo proposta da Anamatra. “Ficou claro, contudo, que a questão da eleição direta é apenas um primeiro passo, um mecanismo entre outros a serem adotados na busca pelo aperfeiçoamento institucional que buscamos”, concluiu.