Na mais antiga escola da região, a Ana Faustina (atualmente com mais de 400 alunos) surgiram dúvidas sobre os direitos do trabalhador rural, das domésticas e, principalmente, a possibilidade de menores trabalharem para contribuir com as despesas de casa. “Essa é uma realidade local, já que estamos num polo com pequenos fabricos de confecções, com os jovens “ajudando” seus familiares”, explicou o professor Hidelbrando Albuquerque, substituindo os gestores Adilson Ferreira e Sónia Barbosa.
O presidente da Amatra VI, Adelmy Acioli, compartilhou o debate com as juízas Carmen Richlin, Márcia de Windsor e Luciana Conforti, e com a professora Isabele d’Assunção, da Universidade de Pernambuco (UPE), parceira do TJC.
“Estudar é um direito de todas as crianças. Não podemos permitir que o tempo destinado a isso seja usado em tarefas cuja responsabilidade é do adulto”, explicou Acioli, ressaltando que a educação aumenta a possiblidade de mudanças na vida de desses jovens e que qualquer atividade desenvolvida, isso somente após os 14 anos e na condição de aprendiz, precisa estar vinculada a um processo de aprendizado, devidamente formalizado.
Ao final da roda de conversa entre juízes e estudantes, foi apresentada uma paródia baseada na canção “Amor Perfeito”, trazendo questionamentos sobre as injustiças sociais e direitos humanos.
Cultura - Na Escola Maria Cecília, logo na chegada uma apresentação cultural com os alunos alertando para os efeitos negativos do trabalho infantil. Em seguida, nos debates questões como assédio sexual e trabalho escravo. O gestor Edigar Barbosa Leal ressaltou a importância do projeto para o protagonismo juvenil e reivindicou o retorno da roda de conversa à unidade.
Presentes a coordenadora do Coordenação Geral de Desenvolvimento da Educação (CGDE) Vale do Capibaribe, Marta Ramos, as professoras Maia Luíza Guimaraes, Conceição Santos, Rosinete Salviano e a coordenadora do TJC junto à Secretaria Estadual de Educação, Josemar Barbosa. Também na comitiva Martha Silva Souza Paulino, monitora da disciplina de Direito do Trabalho em Arcoverde.
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