Prioridades da nova gestão da Amatra VI (2018/2020)

A juíza Laura Botelho foi eleita nesta quinta-feira (06.9.2018) para a presidência da Amatra VI, no biênio 2018/20120, com 96,52% dos votos na eleição para escolha da nova diretoria da Amatra VI no período 2018/2020. A posse solene será dia 14.9, no Fiordes Buffet, em Santo Amaro. A chapa eleita conta com os vices Rodrigo Samico Carneiro e Kátia Keitiane da Rocha Porter. Na Esmatra, figuram como diretor e vice-diretora, respectivamente, Sérgio Torres Teixeira e Wiviane Maria Oliveira de Souza.  Conheça as propostas da nova gestão

Com 13 anos de magistratura, a nova presidente atuou na 14ª e 20ª Varas do Trabalho do Recife, além da 2a Vara de Jaboatão dos Guararapes. Atualmente encontra-se lotada como substituta na 21ª Vara do Trabalho do Recife. Sempre atuante no movimento associativo, integrou a diretoria da Amatra VI nas gestões 2014/2016 e 2016/2018, tendo ocupado os cargos de secretária geral e 2ª vice-presidente.

Conheça as propostas da nova gestão:

Quais as prioridades?

Laura Botelho (Laura) -  Há várias frentes de atuação para o próximo biênio, mas é possível apontar como prioritárias a ação coletiva em face dos discursos difamatórios e ações precarizantes em relação à magistratura trabalhista, bem como a busca pela reaproximação entre as instâncias, na certeza de que o fracionamento interno só afasta a categoria do alcance dos seus objetivos comuns.

As prerrogativas da magistratura têm sido ameaçadas frequentemente. Como a Amatra irá se posicionar sobre isso?

Laura - A posição da Amatra será de permanente proteção dos Juízes do Trabalho e da Justiça do Trabalho, honrando uma das suas principais atribuições institucionais que é a salvaguarda da dignidade e da independência do Judiciário Trabalhista.

Uma questão sempre presente é a luta pela política remuneratória. Como isso se dará nessa gestão?

Laura - Adotar ações e apoiar aquelas implementadas pela associação nacional no sentido da recomposição salarial do subsídio, inclusive com a revisão anual permanente, evitando, assim, o desestímulo e a desvalorização da carreira. Outra bandeira de grande importância em matéria remuneratória envolve a ação coletiva tendente à extinção de diferenças remuneratórias discriminatórias no que respeita os magistrados inativos.

A integração e união da magistratura preocupa?

Laura - Essa é uma das principais preocupações. O momento é de união em torno dos interesses comuns. Em última análise, os juízes substitutos, titulares, bem como os desembargadores almejam a preservação da independência do Judiciário e a valorização da Justiça do Trabalho. Precisamos, portanto, focar nos pontos de convergência, preservando a ideia de que juntos somos muito mais fortes.

E a parte social da Amatra, com projetos como o TJC, haverá mudanças?

Laura - Na parte social, passaremos a fazer reuniões mensais para, além de celebrar os aniversariantes, propiciar momentos de congraçamento, bem como discussão de temas que promovam melhorias na qualidade de vida dos associados.

Em relação ao TJC, que vem sendo realizado de forma exitosa no Agreste e Sertão, pretende-se a sua ampliação, buscando outros parceiros e fortalecendo as parcerias celebradas com a Secretaria de Educação e UPE.

Com as recentes mudanças, a partir da reforma trabalhista, a JT sofre ataques e riscos. A Associação fará algum trabalho em sua defesa?

Laura -  O trabalho em defesa da Justiça do Trabalho deve ser uma constante, especialmente no presente quadro político, com vozes cada vez mais ressonantes propagando a extinção desse ramo essencial do Judiciário. As ações passam pelo fortalecimento interno, conscientização da sociedade acerca do importante papel da Justiça do Trabalho, atuação junto ao Poder Legislativo, entre outras medidas estruturadas e avaliadas coletivamente. 

 



 



Fotos: Assessoria de Imprensa TRT6/ Elysangela Freitas