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A poesia das “Vidas Severinas” como alerta aos retrocessos

Numa narrativa que mesclou poesia e princípios do Direito, a presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), Alessandra Camarano Martins, trouxe conteúdos do icônico livro “Morte e Vida Severina” - do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto -  para falar do momento atual do país e seus impactos no mundo do trabalho.

Na conferência de abertura do XXVII Encontro Regional Amatra VI, Alessandra  abordou a corrosão das instituições democrática que asseguram a efetividade da Justiça Social.  Sem poupar sua análise de visões críticas, alertou para o recente enfraquecimento da democracia brasileira, o descumprimento de tratados internacionais do trabalho e violações à Constituição Federal.

A advogada lembrou, ainda, casos recentes, como o acidente de Brumadinho (MG) e o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, ambos com vítimas fatais, em situações envolvendo, segundo ela, descaso e descumprimento de regras protetivas do trabalho.  E, o mais grave, representando claros avanços para o desmonte das instituições responsáveis por torna mais efetiva a Justiça Social.

“Já temos ameaças à extinção da JT, o fatiamento do MPT, com perseguições de procuradores em sua atuação, e a criminalização da advocacia trabalhista. A quem tudo isso interessa? ”, questionou a conferencista, pontuando que, “com certeza, ao capitalismo”.

Ressaltando, ainda, o papel do Judiciário no equilíbrio das relações, ela disse que é preciso parar e refletir para buscar o resgate à obrigatoriedade ao respeito aos direitos fundamentais e promover o debate sobre a importância do valor da liberdade. “Isso sim, uma conquista da humanidade”, finalizou.

(*) FOTOS - Wesley D'Almeida

 

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