O I Encontro Internacional da Amatra VI, realizado simultaneamente ao XXVI Encontro Regional, foi uma grande conquista. O sucesso da iniciativa, com o desafio de debater questões controversas enfocando os direitos sociais na atual conjuntura do Brasil e do Mercosul, aponta para a possibilidade de novas edições do evento no mesmo formato.
“A Amatra VI se consolida como uma associação realizadora de grandes eventos. Em 2017, tivemos o Encontro Nacional de Aposentados; este ano, vamos receber o Encontro Nacional do TJC e já comemoramos os resultados dos encontros regional e internacional. Para 2020, está confirmado o Conamat”, lembra o presidente da entidade, Adelmy Acioli.
Marcado pelo pioneirismo, os encontros regional e internacional ocorreram de 26 a 28 de março, em Montevidéu, com a participação de mais de 50 magistrados e uma comitiva com 136 presenças.
O evento foi marcado pela organização, planejamento de atividades culturais e excelência dos debates e palestras. Na abertura, o professor e advogado Lênio Streck, falando sobre o tema principal do evento. No segundo dia, painel sobre as relações trabalhistas no atual mundo do trabalho, com a ministra do Tribunal de Apelações do Uruguai, Rosina Rossi, detalhando as reações de trabalho na dimensão da econômica imaterial: do teletrabalho à uberização
Na mesma mesa, a professora Aldacy Rachid Coutinho, descrevendo as novas expressões da fiscalização do trabalho: “o panoptismo cibernético, o trabalhador, e a autofiscalização de si mesmo e o consumidor no papel de supervisor da prestação de serviços”. O juiz Roberto Pompa concluiu o dia de atividades apresentando o “direito do trabalho entre a perspectiva econômica e a teoria dos direitos fundamentais”.
No segundo dia, “o direito coletivo do trabalho no contexto da classe trabalhista fragmentada”, com o juiz pernambucano Leandro Teixeira, que fez um recorte sobre a prevalência do negociado sobre o legislado e a atual crise do modelo sindical. O professor Hugo Barreto falou sobre as negociações coletivas no cenário do desemprego estrutural e da desproteção das novas formas de trabalho humano. Fechando o painel, o magistrado Rodrigo Trindade, abordando as verdades, mentiras e fantasias sobre o direito do trabalho individual e coletivo, a Justiça do Trabalho e a reforma trabalhista.
A palestra de encerramento foi “direitos sociais da atual conjuntura do Brasil e do Mercosul”, com o ministro do TST Luiz Philippe Vieira de Melo Filho.
Realizado pela Amatra VI, o evento contou com apoio institucional do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) e da Escola Judicial do TRT6 e patrocínio do banco Santander, Masterboi, Faculdade Integrada de Pernambuco (Facipe) e Caixa Econômica Federal.