Audiência pública em Frei Miguelinho alerta sobre trabalho infantil

A cidade de Frei Miguelinho – no Agreste de Pernambuco – realizou, na manhã desta segunda-feira (02.10), audiência pública para discutir e alertar estudantes da região sobre os males do trabalho infantil. O evento reuniu juízes do trabalho, professores, representantes do Executivo e do Legislativo municipal, na quadra da Escola de Referencia em Ensino Médio São José.

A audiência foi solicitada pela Gerência Regional de Educação (GRE) Vale do Capibaribe, preocupada com o aumento do número de alunos que entram no mercado de trabalho precocemente e, consequentemente, não frequentam as aulas.  O município é próximo ao Polo de Confecções de Toritama, com um grande número de famílias trabalhando no setor têxtil.

“Muito se fala que é melhor uma criança estar trabalhando do que pelas ruas ou roubando. Mas esta alternativa é falsa. O melhor para uma criança é estudar, único caminho para garantir seu futuro e uma vida digna”, disse o presidente da Amatra VI, Adelmy Acioli, que participou da audiência, em uma iniciativa compartilhada com as ações do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC).

Em visita a Pernambuco, o presidente da Amatra XIV(Rondônia e Acre), Antônio César Coelho, também esteve na audiência pública e estimulou os jovens a investirem em seu futuro, com força para a superação das dificuldades. A juíza do trabalho Danielle Lira  enfocou a importância da persistência para a realização dos sonhos.

[caption id="attachment_513636" align="alignnone" width="300"] O presidente da Amatra XIV, Antônio César Coelho, participou[/caption]

Questionamentos – Uma das principais dúvidas dos estudantes foi com relação à concessão de bolsa-escola, um benefício – segundo eles - que poderia ajudar na renda familiar, sem os afastar dos estudos, disse a aluna Vanessa dos Santos, opinião também de Caroline Sales, que questionou os critérios para participação do programa.

A prefeita Adriana Assunção e o secretário de Educação do município, José Luiz, explicaram que o bolsa-escola é um programa federal que tem regras específicas para famílias de baixa renda e que, muitas vezes, por limitações legais, não contempla todos. O presidente da Câmara Municipal, vereador Aniceto Lima, defendeu a luta por mais políticas voltadas à educação pública.

Também presentes à audiência, os professores Isabele D’ Angelo e Pablo Falcão, da Universidade de Pernambuco (UPE), que estão finalizando a implantação do TJC em Arcoverde; representantes da Secretaria de Educação do Estado (parceira no programa), como a coordenadora do TJC na Regional Vale do Capibaribe, Josemar Barbosa e a gestora da Regional Vale do Capibaribe, Edjane dos Santos. Ainda, a equipe da escola: Isabel Gonçalves (secretária), Eliane Gonçalves (analista), Leiliane Aparecida (educadora de apoio), e outros professores e funcionários.

 

Confira as fotos no Flickr da Amatra VI