“Foi gratificante. Saímos com o sentimento de dever cumprido nas duas escolas. Os alunos questionaram, participaram ativamente, o que mostra o sucesso do nosso trabalho”, afirmou a coordenadora do TJC, a juíza Carmen Richlin.
Pela manhã, os alunos da EREM Nª Srª Auxiliadora realizaram uma apresentação cultural com bailarinas e outra solo, de frevo, além de um cordel sobre a história da escola. Nas perguntas, muito interesse sobre direitos do trabalhador do campo. Não em vão. Mais da metade dos estudantes da instituição são da zona rural.
É o caso de Ana Paula Silva, 16 anos. “Agora posso explicar para meu pai que ele tem os mesmos direitos de um trabalhador urbano, inclusive sobre aposentadoria”, ressaltou a jovem do 1º ano. “É um sentimento de gratidão por nossos estudantes, de esclarecimento para entender os direitos e deveres do trabalhador. A Justiça vir até a escola abrir esse debate com a escola traz um sentimento de pertencimento”, ressaltou a gestora da EREM Nª Srª Auxiliadora, Rosemere Fernanda.
Jarina Maia - No período da tarde, foi a vez dos alunos da EREM Jarina Maia receberem o programa, atividade sem fins lucrativos desenvolvida voluntariamente por juízes do trabalho em Pernambuco desde 2005.
Os estudantes mantiveram o ritmo intenso de busca por conhecimento. Após apresentação cultural, buscaram informações em torno de questões que permeiam o futuro deles, como a já destacada Reforma da Previdência, por exemplo.
“Isso faz com que o juiz perceba quais as dúvidas e anseios das pessoas do interior que muitas vezes são transmitidas dos pais para os filhos e os filhos acabam retransmitindo para a gente. E o que nos trazem muitas vezes é a preocupação que as pessoas têm dentro das comunidades”, afirmou o juiz Roberto Freire. “Foi muito importante porque esse encontro conseguiu tirar dúvidas que os alunos tinham e certamente vai contribuir para o desenvolvimento deles”, complementou a gestora da escola, Lúcia Assis.
No interior, o programa é desenvolvido com apoio da Gerência de Educação Vale do Capibaribe. Participaram também das visitas, além da coordenadora Carmen Richlin, o juiz Roberto de Freire, a coordenadora pedagógica do TJC, Josemar Barbosa e representantes do GRE Vale do Capibaribe, Janaína Barbosa, Marileide Silva, Edjane Ribeiro Santos, professores e gestores das escolas envolvidas.
“Foi uma lição de cidadania plena, onde a democracia se faz presente em um debate sóbrio e muitas questões que diziam muito respeito ao entendimento do que é ser trabalhador no contexto atual. Estão todos de parabéns”, pontuou Josemar Barbosa sobre o dia de troca de experiências no Agreste.
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