Araripina debate trabalho infantil

O município de Araripina, sertão de Pernambuco, realizou, na quinta-feira (25.5), audiência pública para discutir o trabalho infantil e seus impactos na região.  O evento foi promovido pela Amatra VI, como ação do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC). Ainda este ano serão promovidas audiências em Arcoverde, Caruaru e Frei Miguelinho.

Em Araripina, a audiência reuniu representantes de várias entidades e instituições que atuam no combate ao problema, no Plenário da Câmara de Vereadores.  O presidente da Amatra VI, Adelmy Acioli e os juízes do trabalho André Machado e Márcia de Windsor representaram a entidade.

“Araripina é um importante polo econômico do Estado e é fundamental divulgarmos junto ao empresariado e aos trabalhadores os prejuízos que o trabalho infantil causa à sociedade”, explicou Márcia de Windsor.

Anualmente, são extraídos 2,8 milhões de toneladas de gesso na região, que conta com mais de 600 empresas envolvidas na atividade gesseira. São cerca de 12 mil empregos diretos e 64 mil indiretos.  “Em alguns municípios, constatamos o trabalho infantil em feiras livres e o trabalho doméstico, práticas que devemos abolir”, ressaltou Adelmy Acioli.

O juiz André Machado lembrou as campanhas que são realizadas nacionalmente para conscientizar a população sobre o problema, mas cabe às instituições somar esforços para impedir que crianças trabalhem.

A impecável organização do evento no município ficou a cargo da juíza titular da Vara de Araripina, Carla Janaína, e contou com o apoio de várias entidades que se fizeram representar na audiência pública. Entre os presentes, procurador do Trabalho Rogério Sitônio Wanderley, o prefeito José Raimundo Pimentel do Espírito Santo, o secretário de Educação, Possidia Maria Carvalho de Alencar, vereadores, integrantes do Conselho Tutelar e estudantes da região.