Prestes a celebrar 144 anos, o Liceu de Artes e Ofícios do Recife recebeu o Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) nesta terça-feira (27.08) para a fase dos tira-dúvidas, com os estudantes animados pela oportunidade de conversar com magistrados e advogados. A surpresa foi a aluna Maria Fernanda Moraes, do 8º ano, que foi direta na questão, mobilizando convidados e arrancando aplausos dos colegas: como faço para ser uma juíza?
Os magistrados e advogados convidados para o evento fizeram questão de responder, individualmente, com orientações motivadoras e coletivas, falando da importância da educação, do conhecimento, da dedicação nos estudos e, principalmente, força de vontade.
A visita do TJC na escola reuniu parte dos mais de mil estudantes da unidade, lotando o auditório com jovens de turmas do 8º ano, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos. A diretora Betânia Cordeiro falou sobre a história do Liceu, inaugurado em 1880 para abrigar a Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais de Pernambuco, que reunia profissionais ligados às artes.
No momento do tira-dúvidas – após a explicação dos professores Bruno Luna e Rafaella Gatis que estão à frente do TJC na unidade – a primeira pergunta veio da aluna Érica, que quis saber como denunciar casos de racismo numa empresa. Outros temas relacionados a direitos humanos e do trabalho e cidadania também foram abordados.
Cultura – Os estudantes receberam os convidados com um momento cultural, coordenado pelo professor Aristarco. A estudante Eliane Cordeiro fez uma bela apresentação, no teclado, da música "Mariage d'amour" (composição de Paul de Senneville); e na voz da aluna Melissa, o grupo musical da escola apresentou a canção “A Carne”, de Elza Soares, antecipando a temática racial discutida em sala de aula e assunto do TJC este ano.
O aluno Nicolas Davi apresentou um texto em cordel sobre direitos trabalhistas e o trabalho infantil. Na sequência, a bibliotecária Izabel Maria Lima e a psicóloga/cerimonialista do evento Gilvania Ferraz Cavalcante fizeram a leitura de uma paródia – inspirada na música “Como se dança o baião” – enfocando os direitos do trabalhador.
Agradecimentos – O presidente da Amatra VI, Rafael Val, reforçou a importância do amplo debate sobre o preconceito racial, de forma a eliminá-lo. A coordenadora do TJC, Carmen Richlin, lembrou que esta foi a segunda vez que o programa visitou a escola e fez um agradecimento especial aos professores (que são os multiplicadores do TJC) e alunos engajados no programa.
Também participaram da visita o desembargador do TRT6, Ivan Valença, a diretora de Direitos Humanos e Cidadania da Amatra VI, Mariana Millet; o magistrado Pedro Ivo; os advogados Márcia Santos (OAB/PE) e João Marcelo Guerra (OAB/PE) e Hugo Victor (AATP). Representando a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco/GRE Recife Norte, os professores Adália Bacalhau, Constantino Melo, Kássia Félix, Mary Ruth, Susana Andrade e Waldilma Santana.
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