Com quase seis décadas dedicadas à educação, o Colégio da Polícia Militar de Pernambuco (CPM), no Recife, foi a primeira escola a receber a etapa do tira-dúvidas do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) este ano. Juízes e juízas do trabalho, advogados e outros convidados estiveram na unidade de ensino, na terça-feira (20.08), para um momento de interação com os estudantes interessados em saber mais sobre ética, direitos humanos, fundamentais e do trabalho.
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Na abertura, a banda do colégio executou o Hino Nacional e também uma apresentação cultural, com canções populares, como a “Assum Preto”, de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Os alunos do 9º ano, ainda fizeram a leitura coletiva de um Cordel que chamava atenção para a questão racial, tema central do programa este ano: “O TJC e a Educação para as Relações Étnico-Raciais: 20 anos fortalecendo a educação com o trabalho decente, a justiça e a cidadania”.
No evento, a coordenadora regional do Programa, a juíza Carmen Richlin, lembrou que esta é a segunda vez que o colégio participa do TJC e que, inclusive, está inscrito na edição 2024 do Prêmio Anamatra de Direito Humanos, que reconhece iniciativas que promovem a defesa dos direitos humanos no mundo do trabalho. Falou, ainda, que um dos objetivos do TJC é aproximar o Poder Judiciário da sociedade. Salientou as etapas do Programa e ratificou o convite para a participação dos alunos/professores/gestores na Culminância em 25 de outubro vindouro, no auditório do Pleno do TRF5.
O presidente da Amatra VI, Rafael Val Nogueira, fez questão de destacar a missão da iniciativa ao disseminar noções básicas de cidadania e direitos humanos entre os jovens estudantes: “tornar nossa terra melhor”.
O evento foi apresentado pelo Major Roberto Vieira, da Diretoria de Ensino do CPM. A comandante do Colégio, a tenente-coronel Sávia Nunes, enalteceu os valores éticos e morais repassado aos estudantes, falando sobre a rotina de dedicação que é exigida, mas que vale a pena pelos resultados positivos que virão no futuro.
Representando a Secretaria de Educação e Esportes, o gerente da GRE Recife Norte, Yuri Sousa e Silva reforçou a relevância de se falar sobre a questão do racismo, um tema ainda presente na sociedade, mas que precisa ser amplamente debatido para ser eliminado.
Dúvidas – A estudante Rebeca, do 9º ano, foi a primeira a fazer questionamentos aos convidados, sobre como denunciar o racismo praticado em uma empresa. Os demais alunos também enfocaram a temática do preconceito, na família, na escola, na sociedade em geral.
Também presentes ao evento, a diretora de Direitos Humanos e Cidadania da Amatra VI, Mariana Milet; os juízes do trabalho Gilberto Freitas e Pedro Ivo; a advogada Sílvia Nogueira, e o advogado Ronaldo Albuquerque – ambos representando a OAB/PE; e Hugo Victor. Ainda, o grupo de coordenação do Projeto TJC, na Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco/GRE Recife Norte, os professores Adália Bacalhau, Constantino Melo, Kássia Félix, Mary Ruth, Susana Andrade e Waldilma Santana.