Igualdade, inclusão e respeito no TJC

A Escola Embaixador Gilberto Amado, no bairro do Hipódromo, no Recife, preparou uma tarde especial para receber a primeira roda de conversa do Programa Trabalho Justiça e Cidadania (TJC) em 2023. Já na entrada, convidados, alunos e alunas, eram recepcionados por um grupo de estudantes que representavam as diversas profissões, simbolizando a diversidade das atividades no mundo de trabalho. Durante essa fase do tira-dúvidas, temas como preconceito, racismo e direitos humanos mobilizaram os questionamentos.

As apresentações culturais – performances teatrais - também trouxeram para o debate a importância do combate a todas as formas de preconceito, com foco na questão racial. Os alunos organizaram até um grito de apoio ao jogador de futebol Vinícius Júnior, vítima de episódios de racismo na Europa.

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Para a diretora de Direitos Humanos da Amatra VI, Ana Cristina Silva, o interesse dos estudantes é reflexo do atual momento, que vem exigindo posicionamentos da sociedade para a ocupação dos necessários espaços de debate e avanços para os grupos minorizados. “A gente precisa de vocês para espalharmos essa consciência e conseguirmos reduzir as desigualdades sociais e transformar o mundo”, afirmou.

A presidente Ana Freitas falou na abertura sobre a importância do TJC na construção da cidadania dos jovens, seguindo seu compromisso em levar conhecimento e troca de experiência com os estudantes, com a participação plural de advogados, professores, magistrados, procuradores, educadores.

Em sua apresentação, a coordenadora Carmen Richlin reforçou o trabalho realizado pelos magistrados no TJC, lembrou que é uma iniciativa da Anamatra e compartilhou com o público um áudio da diretora de Prerrogativas da Associação Nacional, Patrícia Sant’Anna, com uma mensagem para os alunos, parabenizando-os pela participação.

Minha vida mudou –Dois momentos de alegria e emoção no evento. A estudante de Direito, Pâmela Tais, ex-aluna da Escola Gilberto Amado falou da importância do TJC em sua vida. “Não sabia muito das coisas, mas quando participei do projeto em 2013, comecei a ter consciência do que queria, da possibilidade de realizar meus sonhos. Estudei, hoje estou na Faculdade e voltarei aqui como advogada e, quem sabe, como juíza, procuradora”, afirmou, sendo bastante aplaudida.

O também estudante de Direito – atualmente estagiando na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PE), em Jaboatão dos Guararapes, fez questão de lembrar sua trajetória como ex-aluno da escola e ressaltar a importância da educação. “Estudem, não se limitem, superem as dificuldades que podemos chegar onde quisermos”, disse.

Trabalho – Além das muitas perguntas sobre preconceito, racismo e assédio, os estudantes registraram também dúvidas a respeito de direitos do trabalho, como pagamento de horas extras, trabalho remoto (online), jornada do menor aprendiz, entre outros.


Na mesa principal, participaram do tira-dúvidas a presidente Ana Freitas, as juízas Carmen Richlin, Ana Cristina, Patrícia Trajano e o juiz Marcílio; a advogada Sílvia Nogueira (representando a OAB/PE) e o advogado Hugo Victor (AATP). Presentes, ainda, a gestora da escola, Doris Sandra Gonzaga; e os representantes da Secretaria de Educação de Pernambuco (GRE Recife Norte), Waldilma Santana, Constantino Melo, Mary Rute e Marlete Leite.