Alerta sobre violência e combate a preconceitos no TJC

A Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Rosa de Magalhães, instalada no Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife, recebeu, na terça-feira (20.09.2022), mais uma ação do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC). A etapa da Roda de Conversa foi uma oportunidade para estudantes e professores tirarem dúvidas sobre direitos e deveres do trabalhador e do cidadão.

A tarde começou com apresentações culturais de dança e canto, com os alunos e alunas mostrando a importância da busca pelo empoderamento feminino, dos negros e da juventude de periferia, trazendo à tona, através da arte, debates como a violência contra a mulher, a xenofobia e o racismo.

“É perceptível a mudança de entendimento desses jovens à medida que vão se apropriando de informações sobre seus direitos. Como aguça a vontade de saber mais e também de transmitir para familiares e amigos”, comentou o professor Ednardo, que juntamente com o educador Regenilson, está à frente do TJC na escola.

A professora Marluce Nascimento, também atuando no projeto, lembrou a empolgação dos estudantes para a elaboração dos trabalhos que serão apresentados durante a culminância do TJC, em outubro.

No momento das perguntas, os jovens mostraram-se atentos com questionamentos bem elaborados. A estudante Iandra Firmino levantou a problemática de mulheres receberem salários mais baixos que homens na mesma função/ cargo. E o estudante Gabriel Guilhermino trouxe à mesa a questão de dispensas de pessoas com depressão ou ansiedade.

Mais Cidadania - Na ocasião do evento, a coordenadora do TJC, Carmen Richlin, falou sobre a importância dos jovens ampliarem, desde cedo, seus conhecimentos sobre cidadania. “Aprender sobre direitos trabalhistas, por exemplo, possibilita que não sejam enganados com falsos contratos de estágio, não aceitem demissões estando doentes, nem trabalhem em condições precárias ou insalubres.

A presidente da Amatra VI, Laura Botelho, destacou a importância da luta feminina. “Pratiquem a sororidade. Unam-se. Esqueçam a competição que nos é imposta por uma sociedade ainda marcada pelo patriarcado. Ocupem os espaços e acreditem no seu potencial”, comentou. A magistrada aproveitou ainda para se despedir do Projeto, agradecendo os momentos de troca e aprendizado, já que na próxima sexta-feira (23) passará a presidência para a juíza Ana Freitas.

Nas apresentações também foi tratado o tema do “Setembro Amarelo”, para prevenção do suicídio, um grave problema de saúde pública, que atinge cada vez mais jovens.
Presentes, ainda, a procuradora do Trabalho Elizabeth Veiga, o representante da OAB e AATP Hugo Victor, o advogado Marcondes Oliveira, presidente da Comissão de Educação para a Cidadania, da OAB/PE, a gestora da escola, Karla Queiroz Firmino e os representantes da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco/ GRE Norte, os professores técnicos, Waldilma Batista de Santana, Mary Ruth Gomes e Constantino Melo.


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