Racismo estrutural exige ações de todos

O racismo ainda está presente no cotidiano brasileiro e exige atenção da sociedade para ações afirmativas que permitam avanços no combate a este grave problema social. Com esse olhar, o debate realizado nesta quinta-feira (26.05.2022), na Amatra VI, apresentou visões complementares sobre a importância de políticas públicas que garantam a promoção da igualdade racial.

Com a mediação do desembargador Fábio Farias e da juíza do trabalho Ana Cristina da Silva, o evento reuniu magistrados, advogados e profissionais do direito, interessados na discussão que envolve o racismo estrutural ainda presente nas instituições e nas relações, inclusive trabalhistas, no país.
A procuradora federal Chira Ramos apresentou dados alarmantes, destacando que pouco mais de 1% da magistratura brasileira se reconhece desta forma.

“Existem muitos bloqueios institucionais, mas precisamos tratar disso com prioridade”, afirmou. Para ela, é fundamental sensibilizar os tribunais, por exemplo, levando informações sobre o tema, estabelecendo programas de compliance que barrem a discriminação racial em empresas públicas e privadas, garantindo oportunidades para todos e todas.

O professor Alexandro Silva de Jesus, também palestrante, falou sobre a escravidão moderna, os desafios ainda presentes, além de uma densa abordagem histórica. “São experiências que vão além da questão trabalhista, fortalecendo preconceitos seculares que precisam ser eliminados de uma vez na nossa sociedade e no mundo”, completou.
A presidente da Amatra VI, Laura Botelho, frisou a importância do evento para marcar o mês de combate ao racismo e de estabelecer novas abordagens para a magistratura trabalhista.

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