Desenvolvimento do Brasil somente com trabalho decente

Assessoria de Imprensa Amatra VI

Qual a reação da magistratura ao se deparar com questões essenciais que envolvem o conceito da banalização da exploração? O questionamento foi feito pela ministra Kátia Arruda, durante conferência de encerramento do 23º Encontro Regional da Amatra VI, realizado em Porto de Galinhas, na noite desta sábado (22.03). “Seria de concordância, indiferença ou indignação?”, desafiou Arruda.
Ao elencar o trabalho escravo, o infantil, os elevados índices de acidentes de trabalho e novas regras nas relações trabalhistas - a  “pejotização” e a terceirização  - como problemas que exigem o enfrentamento da sociedade,  a ministra lembrou  ideias da filósofa Hanna Arendt sobre a exploração cometida por pessoas  “normais” e não percebidas de modo crítico.
“Não podemos deixar de nos indignar com esses problemas, jamais ficando indiferentes à realidade e buscando sua transformação”, disse a ministra, destacando que o Brasil passa por um processo de crescimento econômico, mas que isso não significa desenvolvimento, na medida em que tantas questões ainda precisam ser combatidas. 
Encerramento – Ao final da conferência, o presidente da Amatra VI, André Machado, fez um balanço positivo do evento realizado em paralelo ao V Congresso da Associação Latino-Americana dos Juízes do Trabalho (ALJT). O magistrado Roberto Pompa, que preside a ALJT, falou da importância da troca de experiências e entregou certificados em homenagens aos ex-presidentes da entidade, entre eles o pernambucano Hugo Cavalcanti.